
A herança maldita deixada pelo ex-governador Flavio Dino. como diz o povo da Baixada Maranhense ao se referir aos serviços de transportes aquaviários, poderá resultar em problemas sérios e de graves proporções até com perdas de muitas vidas. A insistência da MOB com a total responsabilidade da Capitania dos Portos do Maranhão, em colocar em operação entre os portos da Espera e Cujupe, uma balsa improvisada como ferry boat com o nome de José Humberto, vem dando sinais cada vez mais iminentes de riscos de acidente com sérias proporções, devido aos inúmeros problemas técnicos e improvisações como manutenções.
Siga o Portal do MaranhãoOs dois últimos problemas apavoraram a população da Baixada Maranhense e dezenas de comerciantes que fazem transportes de cargas diversas em veículos pesados. À semana passada em plena operação, o ferry José Humberto foi flagrado exalando muita fumaça e imediatamente foi retirado para manutenção. Logo depois apresentou fissuras no teto e os passageiros tiveram que tomar banho de chuva, isso sem falarmos nos problemas anteriores e as exigências que teriam sido feitas pela Capitania dos Portos para entrar em operação, em que assumiu responsabilidade por qualquer problema de gravidade que venha a ser registrado, sem deixarmos de observar que muito maior é do Governo do Maranhão.
Na madrugada de hoje, houve a necessidade do ferry José Humberto ser rebocado da Baía de São Marcos para o Cujupe, uma vez que ele teria encalhado ou mais uma das costumeiras panes mecânicas.
Mais uma vez a intervenção na ServiPorto é apontada como a causa do problema
Há mais de dois anos, o governador Flavio Dino decidiu intervir na empresa ServiPorto, apropriando-se de três embarcações, todas operando regularmente, e inclusive das contas bancárias e fez uma total mudança na administração, delegando poderes autoritários aos interventores. Em pouco mais de um ano, as embarcações começaram aparecer com problemas técnicos por falta de manutenção e não demorou para todos os ferrys ficarem totalmente sucateados. Há suspeitas de que a intervenção teria sido política, o que não isenta as responsabilidades do Governo do Maranhão, muito embora utilizem justificativas de que a ServiPorto estaria falida, o que é também contestado pelos proprietários. Recentemente, mais precisamente no período em que o governo teve no executivo o desembargador Paulo Velten, ele prorrogou a intervenção na ServiPorto por mais seis meses.
Com a retirada dos três ferrys das operações, o serviço foi reduzido em 50%, gerando transtornos nos serviços, e quando alguma embarcação da Internacional Marítima era retirada para manutenção, o caos se acentuava nos serviços, até atingir a situação insustentável de agora.
Ferry José Humberto é um temor diante dos ventos e maresias de agosto e setembro
A situação é bastante delicada e caminha para uma situação mais grave, quando a MOB, respaldada pela Capitania dos Portos, insiste e manter em operação uma embarcação improvisada, não apropriada para transporte pelo mar e não preparada para enfrentar fortes ventos e maresias dos meses de agosto de setembro e as fortes correntezas da travessia do boqueirão. Muita gente já está recusando a viajar pelo José Humberto e vários proprietários de veículos manifestam-se preocupados e desconfiados, ficando todos à mercê das autoridades, cada vez mais indiferentes ao problema.
Fonte: AFD